E é isso que esse pequeno desabafo (nada de textão) é. Uma carta de amor a ao ato de fazer quadrinhos.
Não que eu seja o melhor representante da classe rs. Setembro passou e o site não teve uma atualização. Mas justamente por isso que achei pertinente fazer esse texto. Setembro foi um mês difícil, no trabalho (que me dá o sustento necessário), na faculdade num período de muitos trabalhos e avaliações, e em casa... bem nem quero comentar. 30 dias incrivelmente estressantes. Não tive tempo para o site e, sinceramente, nem tive vontade. E pensei seriamente em desistir. Toda e insegurança e complexo de inferioridade, que muito desenhistas conhecem bem, transbordaram qual rio caudaloso e me invadiram e afogaram. Eu não queria mais nada. Pra que continuar?
Ai veio a Bienal de Quadrinhos de Curitiba.
Desde o começo do ano já tinha decidido ir na Bienal, passagens estavam compradas e hospedagem agendada, então mesmo desanimado eu fui. E foi ai que eu me lembrei de tudo. Encontrei a resposta do "Pra que?" Ver todos aqueles desenhistas, quadrinistas, dividindo sua arte, seus gostos, seus sonhos, discutindo e aprendendo, dividindo e ampliando, me lembrou que fazemos isso por amor. Ainda que um amor doentio e obsessivo, ou mesmo platônico desesperançado, ou ainda luxurioso e fugaz, mas é por amor que fazemos quadrinhos, porque em algum momento nos apaixonamos por essa arte.
E algumas paixões são para sempre.
Mesmo que algumas vezes o amor não nos retribua, amar é sempre bom, o período em que amamos é sempre bom (ainda que ao fim soframos) e isso (acredito eu) vale a pena. Vale a pena amar apesar dos pesares. E amamos quadrinhos e por isso insistimos.
Esse blog nasceu por causa da FIQ (Festival Internacional de Quadrinhos em BH, outro dia conto essa história) e agora sobreviveu porque a Bienal me lembrou algo que não podia ter esquecido. Mas é bom saber que sempre haverá eventos assim pra me lembrar.
Então vamos seguindo e indo em frente... deixando que o amor me guie.
(E
no final virou textão)